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Android vai ganhar sistema de localização como o do iPhone

por Roberto Ribeiro

O serviço Find My, lançado pela Apple no iOS 13, em 2019, funciona de modo bastante engenhoso. Cada iPhone transmite as coordenadas da própria localização para outros iPhones que estiverem por perto. Isso é feito de forma silenciosa e automática – e a localização de cada aparelho é criptografada. Trata-se de uma rede paralela, do tipo peer-to-peer, que só serve para isso. 

Aí mais tarde, se o seu iPhone for perdido ou roubado, você pode acionar o Find My – que é capaz de dizer com precisão onde o aparelho está, mesmo se o smartphone tiver sido desconectado da internet. Ou seja: ele aproveita, de forma inteligente, o fato de que existem 2 bilhões de iPhones em atividade, espalhados pelos quatro cantos do mundo. 

Em 2021, a Apple lançou o AirTag, um localizador que também opera dentro dessa rede – a diferença é que ele tem o tamanho de um chaveiro, e pode ser usado para rastrear a localização de objetos (você pode colocar um na sua mochila ou mala de viagem, por exemplo). 

O Android também possui um sistema de localização. O problema é que ele é bem vulnerável: se o ladrão colocar o celular roubado no modo avião, o aparelho já não consegue mais transmitir sua localização. Mas isso, finalmente, deve mudar. Em 2023, o Google anunciou que iria implantar um sistema mais robusto, similar ao usado pela Apple – e ele está entrando no ar agora.

A nova rede se chama Find My Device network, e também utiliza uma rede separada, controlada pelo sistema operacional, que envia e recebe coordenadas de localização entre dispositivos Android. 

O serviço é gratuito, e inicialmente será habilitado para os usuários da versão beta do Google Play Services (um componente do Android), nos EUA. Mas, com o tempo, poderá se espalhar para todos os smartphones Android – e aumentar bastante o grau de segurança deles. 

Assim como o serviço da Apple, ele é opcional – você poderá desligá-lo no sistema operacional (o ladrão, presumivelmente, não conseguirá fazer isso, pois o celular pedirá a reautenticação com biometria ou senha). Ele também será compatível com o sistema de proteção da Apple contra rastreamento indevido.

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